QUEM FOI CÂNDIDO PORTINARI?  O ARTISTA DE REFERÊNCIA PARA O POVO

Se quiser saber de artistas mais modernos, pode ler aqui tudo sobre o Street Art e o grafite em São Paulo!

Os inícios do artista

Portinari aos 15 anos já fixou residência no Rio de Janeiro, onde se matricula na “Escola Nacional de Belas Artes“. Aos 20 anos, Cândido já é prestigiado pela crítica nacional.

Em 1928, Cândido conquistou o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro da Exposição Geral de Belas-Artes, em que Portinari ganhou o bilhete para o Mundo.

Morou em Paris e outras cidades europeias, onde conheceu artistas como Van Dongen e Othon Friesz, além de Maria Martinelli, uruguaia com quem se casou e viveu toda a vida.

Regressou ao Brasil em 1931 e nessa época passou a valorizar mais as cores em seus trabalhos, abandonando os conceitos de volume e tridimensionalidade.

Portinari recebeu em 1935 uma “Menção Honrosa” na Exposição Internacional do Carnegie Institute de Pittsburgh, nos Estados Unidos. Foi assim que as portas se abriram para o pintor naquele e em outros países.

Em 1939, com três grandes painéis para o pavilhão do Brasil participou na “Feira Mundial de Nova York”.

Na década de 40 este processo de reconhecimento terá sua consolidação. Seguidamente o pintor foi convidado na “Mostra de arte latino-americana” no Riverside Museum, em Nova York, mais um grande evento da sua carreira.

Após foi reconhecido pela sua exposição individual no Instituto de Artes de Detroit e no Museu de Arte Moderna de Nova York. Sempre ao lado de outros grandes artistas consagrados na época. 

Candido Portinari, em 1940 terá o primeiro livro dedicado a sua pessoa, a obra Portinari, His Life and Art, pela Universidade de Chicago, uma consagração para o artista paulista.

Em 1941, sempre enaltecendo a temática latino-americana Portinari produz os murais na Fundação Hispânica da Biblioteca do Congresso em Washington.

Oscar Niemeyer, convocou o artista em 1944, a contribuir com suas obras para o complexo arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte (MG).

Destacaram-se de esse projeto as composições sacras São Francisco e Via Sacra na Igreja da Pampulha.

A primeira exposição de Portinari na Europa será em 1946, quando o pintor regressa à Paris e expõe na renomada Galerie Charpentier no ano seguinte, 1947.

Em Buenos Aires, suas obras terão lugar no salão Peuser, bem como nos salões da Comissão Nacional de Belas Artes, em Montevidéu, Uruguai.

Na América Latina o seu trabalho se estende quando Portinari exila-se no Uruguai, por motivos políticos, em 1948.

Ele era filiado ao “Partido Comunista Brasileiro” e ativo no movimento. Se candidatou a deputado e a senador, em 1945 e 1947, perdendo em ambas as eleições.

Foi merecedor da medalha de ouro do Prêmio Internacional da Paz, em 1950 e, em 1951, foi destaque na 1° Bienal de São Paulo.

A década de 50 marcou a vida de Cândido, ele teve problemas de saúde causados por intoxicação de chumbo presente nas tintas que utilizava.

Em 1953-1956, Portinari realizou os famosos murais Guerra e Paz (1953-1956) para a sede da ONU em Nova York.