MÚSICA FUNK CARIOCA: UMA BREVE HISTÓRIA DO FUNK CARIOCA

Uma Breve História do Funk Carioca

O funk carioca, também conhecido como funk brasileiro, é um subgênero do hip-hop que se originou no Brasil no final dos anos 1970. Saiba mais sobre a forma musical, suas características únicas e artistas notáveis.

O que é funk carioca?

O funk carioca, também conhecido como favela funk ou baile funk, é um subgênero do hip-hop que surgiu no Brasil no final dos anos 1970. O subgênero se baseia em uma gama diversificada de gêneros musicais internacionais, incluindo gangsta rap, Miami bass, Afrobeat e samba, bem como subgêneros de música eletrônica como electro e freestyle, e música folclórica e religiosa tradicional africana e brasileira. DJs habilidosos teceram esses elementos em faixas de percussão implacável. A música dançante proporcionou um alívio para os moradores das favelas, bairros carentes da segunda maior cidade do Brasil, o Rio de Janeiro.

A cena funk carioca alcançou audiências globais nos anos 2000, em parte graças à sua inegável batida afro-brasileira e letras que celebravam o excesso. Por um breve período, artistas não brasileiros como MIA adotaram o funk carioca como uma nova geração de funkeiros caseiros, ou artistas do funk carioca, produzindo uma série de spin-offs e subgêneros híbridos. Embora esse subgênero tenha enfrentado forte oposição do governo brasileiro e da aplicação da lei, o funk carioca continua popular.

Embora ambos tenham “funk” em seu nome, o funk carioca não compartilha nenhuma característica sobreposta com a música funk, que apresenta linhas de baixo funk e sincopadas e grooves de bateria constantes e contagiantes.

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Uma Breve História do Funk Carioca

Segue um breve panorama da história e evolução do funk carioca:

1. O nascimento do som. O funk carioca começou no final da década de 70, quando DJs tocavam music soul, R&B e funk americano em festas funk, encontros ao ar livre realizados nas favelas do Rio de Janeiro.

Logo depois, Miami bass (uma forma nervosa de hip-hop conhecida por suas letras sexualmente explícitas) e freestyle (música eletrônica baseada em Nova York que estreou no início dos anos 80, substituíram os estilos musicais anteriores das listas de reprodução de muitos DJs. O funk surge desde o estilo dos músicos negros, misturado com o hip hop, sendo rei do ritmo de funk americano o James Brown, quem espalhou ele por todo o mundo e todas as classes sociais. Porém é natural que seu origem esteja relacionado com a soul music do Estados Unidos.

2. Estreia do Funk Brasil Observando a resposta entusiasmada dos ouvintes brasileiros ao “baile funk” – uma expressão usada para descrever as novas importações – um entusiasta da música chamado Fernando Luis Mattos de Matta, que tocava discos em festas de funk sob o nome de DJ Marlboro, decidiu gravar sua própria música em português. versões de Miami bass e freestyle. O álbum resultante, Funk Brasil, foi a salva de abertura na cena funk do país.

3. O funk carioca chega ao mainstream. A década de 1990 viu os primeiros lançamentos de artistas do funk de sucesso nacional, incluindo o single “Feira de acari” de MC Batata e a popular série de compilações Rap Brasil. Embora muitas dessas músicas exaltassem a diversão sem regras, alguns dos primeiros artistas do funk carioca falavam diretamente com a vida de seus ouvintes.

Um exemplo inclui Cidinho & Doca e “Rap da Felicidade”, do DJ Marlboro, que abordou a crescente onda de violência relacionada às drogas nas favelas. Mas foi o funk carioca e explícito conhecido como “funk proibidão”, que incluía jovens de classe média no início dos anos 2000, que o ajudou a chegar ao mainstream.

4. O estilo musical atrai um público de todo o mundo. A internet ajudou a espalhar o som do funk carioca para outros países, especialmente no continente da Europa, onde artistas brasileiras como Deize Tigrona colaboraram com sucesso com a expatriada paulistana Tetine. O rapper MIA de Inglaterra e o DJ Diplo nos Estados Unidos também chamaram a atenção internacional para o gênero com lançamentos inspirados no funk carioca como o single de 2005 “Bucky Done Gun” em sua mixtape Piracy Funds Terrorism.

A década de 2010 viu uma série de subgêneros do funk carioca surgir no Brasil, embora muitos, como o funk ostentação, celebrassem o consumo conspícuo de várias formas. Mais uma vez, os legisladores brasileiros tentaram criminalizar o funk carioca, embora a indignação pública tenha frustrado seus esforços.

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Características do Funk Carioca

Várias características distintas definem o funk carioca, incluindo:

  • Letras maduras: as músicas do funk carioca são amplamente diferenciadas pelo conteúdo lírico maduro, que varia de rimas maliciosas a conteúdo violento e sexualmente explícito. No entanto, um subgênero do funk carioca conhecido como melodia do funk oferece um assunto mais sutil e romântico.
  • Temas sociais e políticos: Embora definidos por seus hinos de festa e letras atrevidas, muitas músicas de funk carioca também focam em questões relevantes para os ouvintes. Essas músicas falam sobre “Rap de Felicidade”, de Cidinho & Doca, que alertou sobre a violência relacionada ao tráfico de drogas, e “Rap da Rocinha”, do rapper MC Neném, que alertou contra uma onda crescente de brigas em bailes de funk que atraiu a atenção da polícia e legisladores. Vários subgêneros do funk carioca, como rap das armas ou rap da favela, buscavam enfatizar a beleza do Rio de Janeiro ou o orgulho da comunidade nas favelas.
  • Batida do Tamborzão: As primeiras músicas do funk carioca apresentavam loops de faixas de percussão de Miami bass ou música afrobeat, ou batidas eletrônicas que logo se conheceram como batidas do funk, originais inspiradas nessas músicas e criadas em baterias eletrônicas. A batida do tamborzão, inspirada em ritmos afro-brasileiros, tem sido a força motriz dominante do funk carioca nos últimos anos no final da década. A maioria das faixas inclui vários samples, como riffs de metais e acordeões, e são inteiramente instrumentais ou apresentam vocais cantados ou em rap.

Os 5 Melhores Artistas

Funk carioca Existem muitos artistas notáveis ​​do funk carioca na história do gênero musical, incluindo:

  • Anitta: Ao longo de sua carreira de sucesso, a cantora/compositora e atriz Anitta colaborou com artistas populares como Iggy Azalea, Major Lazer e J Balvin.
  • Bonde do Tigrão: O cantor Leandro Dionísio e o bailarino Gustavo Pereira formaram a banda de funk carioca Bonde do Tigrão em 1999. Com a ajuda do produtor Furacão 2000, fizeram sucesso considerável com o álbum homônimo de 2001, com o single “Cerol na Mão.” Acusações de plágio da banda Front 242 minaram o sucesso da banda, embora Dionísio e uma nova formação de dançarinos voltassem a gravar esporádicamente em 2006.
  • Gaiola das Popozudas: a mais de duas décadas. Formado pelo Furacão 2000, o grupo, liderado pela cantora Valesca, lançou muitas músicas em duas versões: um take de “conteúdo maduro” e um remix mais amenizado. Vários deles chegaram às compilações de funk carioca que Diplo lançou.
  • Ludmilla: Primeira cantora negra latino-americana a ganhar mais de um milhão de streams no Spotify, Ludmilla Oliveira da Silva, que se apresenta como Ludmilla, fez grande sucesso no YouTube com o single de 2012 “Fala Mal de Mim”, que rendeu 17 milhões Visualizações. Ela encontrou problemas legais envolvendo seu empresário e por causa de seu nome artístico anterior, MC Beyonce, mas ela se recuperou com o lançamento de seu primeiro álbum, Hoje, de 2014, que alcançou o status de platina. Seu seguimento, A Danada Sou Eu, seguiu o exemplo em 2016.
  • Tati Quebra Barraco: A rapper brasileira Tati Quebra Barraco se estabeleceu como uma artista feminina de fala dura e talentosa na cena funk carioca majoritariamente dominada por homens. Embora projetasse uma imagem barulhenta em suas músicas, ela também abordava estereótipos negativos sobre mulheres e moradores de favelas em suas músicas. Quebra Barraco também desfrutou de estrelato adicional como ator na popular novela de TV brasileira America.

E agora, vai topar o próximo furacão que tiver perto? Aproveita e vai curtir esse ritmo na balada do fim de semana!

 

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